terça-feira, 17 de dezembro de 2013

PERDOA-ME VIDA!..



PERDOA-ME  VIDA, SE EU  NÃO TE SOUBE VIVER;

SE EU JÁ DEI LONGOS PASSOS, SEM SABER SEGUIR;

SE CAMINHEI TÃO LONGE, SEM SABER VOLTAR.

PERDOA-ME VIDA, POR TER TANTO À APRENDER;

POR NÃO SER O QUE  DEVIA E, ASSIM QUIS IR,

SEM MEDIR O QUE FAZIA, POR NÃO SABER ME DAR.



PERDOA-ME, TE PEÇO, POR NÃO QUERER TE OUVIR,

POR PENSAR QUE A VERDADE EM MINHAS MÃOS ESTAVA,

QUANDO, A QUE EU TINHA NAS MÃOS, NÃO ERA MINHA...

PERDOA-ME, TE PEÇO, POR QUERER ASSIM SEGUIR,

POIS , TUDO ERA, E TUDO ERA O QUE ME BASTAVA,

MESMO SEM SER O DONO, MAS ERA TUDO QUE EU TINHA



PERDOA-ME VIDA, EU  SÓ SOU O QUE TU QUERES,

POIS TE AMO, PARA ENGRANDECER O MEU CAMINHAR;

EU TE TENHO, PARA ME GUIAR NO ENGRANDECER;

PERDOA-ME VIDA, EU SÓ QUERO QUE ME ESPERES,

TENHO QUE AINDA APRENDER O QUE É AMAR,

DOANDO-ME INTENSAMENTE Á VIDA DO MEU SER.
 
 
 
                                                                                                          Paulo Holanda


quarta-feira, 27 de novembro de 2013

A PAZ!...

 
 

PAZ, ESTA QUE DESANUVIA OS MALES DA DISCÓRDIA,

QUE, DO MEU INTERIOR, FAZ TRANSBORDAR ALEGRES SENTIMENTOS;

QUE NOS DEIXA ABERTOS À LUZ DIVINA DA MISERICÓRDIA,

E QUE DEIXA OS NOSSOS CORAÇÕES, DE AMOR, SEDENTOS.



PAZ, QUE ESTE MUNDO NÃO QUIS SABER OS SEUS  VALORES,

QUE IMPÕE AOS HOMENS A ALEGRIA DA FELICIDADE;

QUE, QUAL FLOR, NO  JARDIM DA VIDA, EXALA OLORES,

DE SUBLIMAÇÃO DO EGO AO ENCONTRO DA DIVINDADE.



PAZ, TÃO NECESSÁRIA, NUM MUNDO DE CRUELDADE,

QUE TRANSPÕE AS BARREIRAS DAS EUFORIAS INCONSEQUENTES;

QUE SUPERA O ARFÃ DA DESUMANA  INIQUIDADE,

ELEVANDO NOS SERES OS CARACTERES ENTÃO DORMENTES.



PAZ, QUE COBRE A MINHA  ALMA DE ALEGRIA INFINDA,

QUE ILUMINA AS VEREDAS DO MEU SÓBRIO CAMINHAR;

PAZ, QUE DESABROCHA EM PÉTALAS MACIAS, E TÃO LINDA,

QUE NÃO CABE DEFINI-LA, NESTE MEU  SIMPLES PENSAR.


Paulo Holanda

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

CONVIVÊNCIA

 
 
Só o tempo poderá dizer,
O porque desta paixão reprimida;
Só o amor envolverá meu ser,
Enquanto eu for, e me existir vida.
 
 
Só a fé conduzirá meus passos,
Na esperança de ser feliz um dia;
Só a luz iluminará os rastros,
Que deixei por ai, enquanto ia.
 
 
Se porventura a minha voz faltar,
E, emudecido, eu não puder dizer,
Que só o amor edifica um lar...
 
 
Lembre-se que na vida só se é feliz,
Quando existir um ser em outro ser,
E, entre si, viverem o que se quis.
 
 
                                                                    Paulo Holanda

terça-feira, 12 de novembro de 2013

LEMBRANÇAS

 
 
O sorriso entrou em greve,
Não quis mais de mim saber;
A saudade veio leve,
Se apoderou do meu ser.
 
 
Eu lembrei dos belos dias,
Que outrora vivenciei;
Do lugar, das moradias,
E de tudo que passei.
 
 
Hoje só resta a lembrança,
Dos bons momentos vividos,
Da juventude a pujança.
 
 
Mas, o sorriso venceu,
Levou-me os dias idos,
Deixou-me o dia meu.
 
 
                                                                            Paulo Holanda

terça-feira, 5 de novembro de 2013

SOLUCIONÁVEL




Não agora, que eu estou sonhando,
Num mundo de paz e de alegria;
Onde eu saio por ai andando,
Sem medo de maldade ou covardia.



Não agora, que eu estou achando,
Que o mundo é amor, é poesia;
Onde vejo os viventes se amando,
Sem traições, sem hipocrisia.


Acordo de meu sonho encantado;
E qual não foi minha desilusão,
Quando vi a realidade ao lado.


Mas, o mundo não está dormente,
Há sempre um jeito, uma solução:
Uma fé profunda, um amor ardente.


                                                                                                           Paulo Holanda

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

VI...



HOJE EU ME ADENTREI, NO QUARTO DA SAUDADE,

E DA JANELA DO TEMPO, EU VI OS DIAS IDOS:

VI OS VENTOS CONTURBADOS DA DISCÓRDIA,

SOPRAREM FORTE OS ASCOS DA MALDADE;

TAMBÉM VI CORAÇÕES POR DEMAIS FERIDOS,

QUE MERECIAM O PODER DA MISERICÓRDIA.



VI A CHAMA ARDENTE DO FOGO DA PAIXÃO,

ESPLENDORAR O LUME DA CAMINHADA,

E DÁ BRILHO INTENSO AO NASCIMENTO DO AMOR;

VI A AMIZADE VERGAR, SEM PLAUSÍVEL RAZÃO,

OBSTACULADA, POR NÃO TER SIDO NADA,

ENTRETANTO, DEIXANDO O SOFRIMENTO E A DOR.



VI O ACONCHEGO DE MÃOS ESPLENDOROSAS,

E O DESASSOSSEGO DA VÃ HIPOCRISIA,

TOMAR ASSENTO NO TRONO DO DESAFETO;

VI E CONHECI PESSOAS MARAVILHOSAS,

SINÔNIMOS DO BEM, E DE QUEM ASSIM CRIA,

QUE O AMOR É FEITO DE CARINHO E DE AFETO.


                                                                                     Paulo Holanda

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

ESPERANÇA SEM COR



Acho que a minha esperança
Está mudando de cor;
Às vezes o verde alcança,
Às vezes fica incolor.


O verde não mais perdura,
Acho que está morrendo.
Será que é desventura
O que anda acontecendo?


Sereno sigo meus passos,
Enganando a minha dor,
Sorrindo dos meus fracassos.


A esperança que havia
De ser feliz no amor.
Ficou sem cor, todavia.


                                                                                 Paulo Holanda

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

REFLEXÃO



Debruço-me na janela da idade,
E vejo o perpassar da juventude;
Não nega o tempo a cruel verdade,
Por dar ao ser sua vicissitude.


Não há como negar o aprendizado
Que se obtém ao longo do caminho;
A  mestra vida dá ao alunado:
Um jardim florido, mas com espinho.


Somos passageiros neste transitar,
Cujos sinais só identificam a ida;
E não se retrocede ao que se passar.


Ficam, apenas, lembranças na memória;
Ficam rastros, que marcam a caminhada,
E cada ser com sua própria história.


                                                                                                       Paulo Holanda

sábado, 28 de setembro de 2013

AO MESTRE



Vai mestre! Os seus discípulos lhe esperam;
Vai, honroso, cumprir o seu mister;
Fala daqui, dali, de um lugar qualquer;
Do homem, das ciências... E o que fizeram.


Fala da fé, do amor, da poesia,
Dos grandes vultos da humanidade;
Fala da alma e da imortalidade,
Da tristeza, dos sonhos, da alegria...


Fala da música e da pintura,
Do céu azul, do mar, da natureza,
Do esporte, do lazer e da cultura.


Fala mestre: que cumpriu uma missão,
Que deu às mentes o saber e a beleza,
Que tudo fez, por amor à profissão.

                              
                                                                              Paulo Holanda


Homenageado: José Menezes dos Santos

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

A FÉ



JÁ NÃO HAVIA ESPERANÇA...
O DESENGANO LHE TOMOU A FACE;
ERA O FINAL DE UM GRANDE ENLACE,
SER UM ADULTO OU MORRER CRIANÇA.


E, COM TODA A FÉ QUE POSSUÍA,
BALBUCIOU, ENTRE OS CERRADOS DENTES,
A ORAÇÃO, QUE OS MAIS CRENTES:
DEDICAM À SANTA VIRGEM MARIA.


LOGO EM SEGUIDA, UMA LUZ SURGIU,
E DO CORPO INERTE SUBTRAIU,
AS AMARGAS DORES, DILACERANTES.


QUANTO VALE UMA FÉ PROFUNDA,
QUE DO LEITO DA MORTE IMUNDA,
SALVA A VIDA DE SERES TERMINANTES.


                                                                          
                                                                                                     Paulo Holanda

domingo, 8 de setembro de 2013

TE AMO!...

 
 
 A NOITE É DONA DESTE AMARGO PRANTO
E DO CANTO FUGAZ DESTA NOITE INFINDA...
BORRAM AS LÁGRIMAS AS LINHAS DO MEU CANTO
E NÃO ME ENCONTRO, ENQUANTO A NOITE FINDA.
 
 
O DIA SURGE... É UM OUTRO DIA,
EM QUE A ALEGRIA DÁ LUGAR À DOR:
A DOR DA SOLIDÃO, DA NOSTALGIA,
A QUE AFLIGE UM CORAÇÃO CHEIO DE AMOR.
 
 
OH! FLOR... COMO É CRUEL ASSIM VIVER,
POIS, NÃO TE ENCONTRO NO MEU DIA A DIA;
E NEM TE VEJO QUANDO EU QUERO VER.
 
 
OH! FLOR... EU TE DEDICO ESTE MEU CANTO,
EMBORA DE SAUDADE E NOSTALGIA,
PRA TE DIZER QUE TE AMO TANTO.
 
 
                         Paulo Holanda
 

sábado, 31 de agosto de 2013

PRESERVE!...




OS DÓCEIS GORGEIOS DA PASSARADA,
ENFATIZAM O SEU VIVER NATURAL,
NA INATA ALEGRIA LIBERTÁRIA;
E, NA DOCE VIDA SOLIDÁRIA,
O ENCANTO DO CANTO INFORMAL,
OS UNÍSSONOS VÔOS DA REVOADA.

OS CÉUS ASSISTEM O GRANDE BAILADO,
SUTILMENTE NOTÁVEL E DESLUMBRANTE,
EM ESPETÁCULO QUE TRANSCENDE A PERFEIÇÃO;
E NOS SUAVES PASSOS EM PROFUSÃO,
NO EQUILÍBRIO, SINUOSO E EDIFICANTE,
EXSURGE A GRANDEZA DO IMAGINADO.

O REAL TRANSPÕE O IMAGINÁRIO,
INUNDANDO A MINHA IMAGINAÇÃO,
DE CORES E SENTIMENTOS REAIS;
É QUE, SUBALTERNOS ÁS COISAS NATURAIS,
LOGRA-SE, EM DEFESA DA RAZÃO,
PRESERVAR  ESSE LINDO RELICÁRIO.
                                                                                                      Paulo Holanda

domingo, 25 de agosto de 2013

LUTE!..

 
 
AH! SE EU AGORA ESQUECESSE,
DE QUEM NÃO DEVIA LEMBRAR!...
TALVEZ ATÉ MERECESSE,
DE NOVO PODER AMAR...

E O TEMPO VAI PASSANDO,
VAI PASSANDO SEM PARAR,
E, EU SEMPRE VOU LEMBRANDO,
LEMBRANDO DE ESPERAR;

PARECE ATÉ POR CASTIGO,
QUE CASTIGA O MEU PENSAR;
EU SEMPRE SONHO CONTIGO,
O BÁLSAMO DO MEU PENAR;

ALÍVIO DESSA TORTURA,
DELÍRIO DO MEU SONHAR;
PARECE ATÉ SER LOUCURA,
QUANDO ENCONTRO O SEU OLHAR;

A ALEGRIA ME INVADE,
E ME DOU A SUSPIRAR;
SUSPIROS DA MOCIDADE,
QUE NUNCA QUER ME DEIXAR.

AH! SE TÊ-LA EU PUDESSE,
JUNTO A MIM NO CAMINHAR,
E, SE ELA ASSIM QUISESSE,
SERIA UMA ESTRELA A BRILHAR.

NO FIRMAMENTO DO AMOR,
PARA TODOS HÁ LUGAR...
E SÓ NÃO AMA QUEM NÃO FOR,
CAPAZ DA LUTA ENFRENTAR.
 
 
                                     Paulo Holanda

sábado, 17 de agosto de 2013

DESAFIO

 
 
Arguta fera de rosnar bravio,
Que vence a presa irreverente;
Sucumbe o tempo em desafio,
Triunfante, arqueja docemente.
 
Murmúrio não há porque notar,
Vencida a busca intransigente;
Domada a fera, caminhar,
À frágil presa, sutilmente.
 
Vida, Vida! Aqui estamos,
Feras e presas vivenciamos,
Entre a chama secular da fé...
 
Aqui silencio o meu cantar,
E, por vales e campos há de ecoar:
A verdade de ser o que se é.
 
                                                                                                   Paulo Holanda
 
 
 

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

A UMA AMIGA!...

 
 
SUAS FERIDAS AINDA SANGRAM:
DECEPÇÕES...SONHOS INACABADOS...
ESTA É A VERDADE DOS QUE AMAM,
E QUE SE ENTREGAM DEMASIADOS;

FOI COBAIA DA EXPERIÊNCIA,
FOI LARANJA DE UM SONHO DE AMOR;
POR TUDO ISTO, EM CONSEQUÊNCIA,
ALÉM DA DESCRENÇA, UMA GRANDE DOR;

MEDRA-LHE OUSAR NOVAMENTE,
POIS FOI FORTE A DOR, ANTES SENTIDA,
E NÃO É FÁCIL SAIR DA MENTE,
O DESENGANO DE UMA PARTIDA.

ASSIM PASSOU UMA BOA AMIGA,
NO SEU CONTO DE FADA DE ADOLESCENTE;
SÓ QUE A DECEPÇÃO É INIMIGA,
E DESDENHA DO AMOR, TÃO FORTEMENTE!

MAS, AMIGA, A VIDA CONTINUA,
E NÃO SE APEGUE AS COISAS DO PASSADO;
E QUE NO PRESENTE, O AMOR SEMPRE FLUA,
DE FORMA BELA, E EQUILIBRADO.

DIFERIMOS NO MODO DE SER E AGIR,
CADA QUAL DE MANEIRA DIFERENTE;
É NECESSÁRIO QUE SAIBA SENTIR,
QUE O AMOR É NOBRE E TRANSIGENTE.
                
                                                                                                               
                                                                                                                       Paulo Holanda

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

CAMINHO SOLIDÁRIO


 
SOLIDÁRIO,
SIGO OS PASSOS,
NOS COMPASSOS
DA MÚSICA 
QUE A VIDA DÁ;
VOU DANÇANDO,
AJUDANDO,
VOU ATÉ LÁ;
ESTE É O COMANDO
DA BOA FÉ,
E ASSIM É;
É O RELICÁRIO,
ONDE A RELÍQUIA
ENERGIZA,
E DIVINISA
O CAMINHAR;
É A ESPERANÇA, 
CONSAGRADA,
EDIFICADA
NUMA CRIANÇA;
É A CARIDADE,
QUE DITA,
RESSUSCITA
O FRATERNAL AMOR.
CADA DIA, CADA HORA,
QUE SE FAÇA
COM O CORAÇÃO,
PELO NOSSO IRMÃO;
POIS, DEUS É A GRAÇA,
É A VERDADE.
 
                                                    
                                                                 Paulo Holanda

quinta-feira, 25 de julho de 2013

SOLIDÃO



Se a solidão da vida for tão atroz,
E eu não puder sentir as consequências...
Ver me- ás voar aos mares, qual albatroz;
Que alça aturdida por quebradas penas.
 
 
Se o que argumenta a dor for tão pungente,
E, negligente, meu corpo se alquebrar...
Minha alma, então, altiva e complacente,
Dará o bálsamo a este meu penar.
 
 
Verei, por certo, a paz tão rebuscada,
Que a mísera dúvida marginalizou,
Conquanto foi ativa a desmiolada.
 
 
Soçobrem as dúvidas intransigentes,
Nem se amealhe o vento que a solidão soprou,
Pois, são daninhas, vis e inconsequentes.
 
 
                                                                                 Paulo Holanda

domingo, 14 de julho de 2013

NORTEIA-ME...

 
 
ACHEGA-ME, OH ! LUZ DE BENEPLÁCITOS SONHOS,
HAVIDOS NA CORRENTEZA DE UM PURO AMOR;
QUE POSSA EU MISSIONÁ-LOS AOS TAMANHOS
DO QUE VENHA ENOBRECER E REPRIMIR A DOR.

ACHEGA-ME,  OH! LUZ DE PENSAMENTOS VÁRIOS,
QUE ENVOLVE A MENTE DOS DITOS DO CORAÇÃO;
PARA QUE OS FAROIS DA RAZÃO, TÃO NECESSÁRIOS,
ILUMINEM SEMPRE O RUMO DA INSPIRAÇÃO.

NORTEIA-ME, OH! MUSA QUE A ALMA CLAMA,
E QUE SUSCITA A POESIA DO DOCE SONHAR;
POIS O AMOR É BELO, SUBLIME, É CHAMA,
QUE EDIFICA A VIDA, QUE NOS PERMITE AMAR.

NORTEIA-ME, OH! MUSA QUE ME INSPIRA AGORA,
E QUE DEIXA ALEGRE UM SONHADOR VIBRANTE;
POIS ESTAREI SEMPRE, TODO DIA E A TODA HORA,
EM BUSCA DO AMOR SINCERO E EDIFICANTE.
 
 
Paulo Holanda

domingo, 7 de julho de 2013

UM SONHO...,


 
CASTIÇAIS CASTIÇOS E DESLUMBRANTES,
QUE ORNAM A NOITE DOS ENAMORADOS...
FLORES LINDAS E AROMATIZANTES,
QUE DEIXAM, ASSIM, OS ARES PERFUMADOS.

SOM ROMÃNTICO NO AMBIENTE,
QUE INSPIRA AQUELA DOCE PAIXÃO;
E, NAQUELA PENUMBRA ENVOLVENTE,
SÓ O AMOR FALA EM CADA CORAÇÃO.

INSERIDA, NO CÉU, A LUA DESCORTINA,
PARA GLORIFICAR AQUELE DOCE INSTANTE;
TAÇAS TILINTAM A BEBIDA FINA,
AO ENCANTO DE UM AMOR INEBRIANTE.

MAS, TUDO FOI UM SONHO E NADA MAIS;
VALEU, PELA NOITE TÃO ENCANTADA;
UM SONHO QUE PARECEU REAL DEMAIS,
E QUE, QUANDO ACORDEI, NÃO ERA NADA.
 
 
                                                    Paulo Holanda
 


sexta-feira, 28 de junho de 2013

O PRÓXIMO


Pobre gente, indiferente, descrente,
Que só quer ter, empreender, crescer;
Pobre ente, irreverente, prepotente,
Que só quer ser, desentender, vencer.

Rica aquela mente, temente, presente,
Que sabe ver, absolver, entender;
Rico é o que sente, complacente, vivente,
Qualquer viver, padecer, resolver.

O que se pinta é real, fatal, natural,
Sobrevidas, vidas desvairadas;
Isto é social, tribal, sensorial.

Assim é o clamor, desamor, sofredor;
As esquecidas vidas, feridas,
Esperanças na dor, no amor Criador.


Paulo Holanda

segunda-feira, 17 de junho de 2013

A QUE ME LEVAS...

 
A QUE ME LEVAS, OH! MEU SONORO CANTO,
AO CANTO SUBLIMADO DO AMOR INTENSO?...
E POR QUE ME LEVAS A TÃO SONHADO ENCANTO,
SE O QUE ME RESTA É A RÉSTIA DO SONHAR IMENSO?..

O VERDADEIRO SOÇOBRA Á MAIS RICA DAS ILUSÕES,
AO TURBILHÃO DE SONHOS DE ENCANTADORA VIDA;
NÃO  SOMOS E NEM SEREMOS MÁRTIRES DAS DESILUSÕES,
ENQUANTO NOSSA ESPERANÇA NOS FOR SEMPRE REVIVIDA.

E NESTE PERPASSAR DE SONHOS INACABADOS,
E DE ESPERANÇAS, QUE SE RENOVAM AO TEMPO...
SEREMOS O CANTO DOS SONHOS TÃO SONHADOS,
E O SONHAR DOS SONHOS QUE SE PERDERAM AO VENTO.

A QUE ME LEVAS, OH! MEU SONORO CANTO,
AO SOM DO CANTO QUE MOREJA O AMOR?...
E POR QUE ME ATRAI, TÃO ALMEJADO MANTO,
SE O QUE ME COBRE SÃO OS RESPINGOS DA DOR?....

É QUE NA DOR ENCONTRO O MEU ABRIGO,
NO LÍRICO PENSAR DE MINHAS EMOÇÕES;
A  POESIA QUE O CANTO, NO SONHO REABRIGO,
E HÁ DE REFLUIR NOS MAIS ÍMPIOS CORAÇÕES.
 
 
Paulo Holanda
 

segunda-feira, 10 de junho de 2013

ADVERSO




O imediato clama por necessário,
Não se deve se viver sem solução;
O duvidoso é cruel adversário,
Que bloqueia os desejos da razão.


O adverso não se prende aos previstos,
Não fortalece, sequer, o engrandecer;
A solução define os imprevistos,
E diz o sim ou o não do merecer.


Viver é terno, e é importante ser,
Enquanto material se conduzir,
Enquanto for, e ser necessário ter.


A vida é efêmera, e quer ser feliz;
E mostra os encantos do ir e vir,
E diz que não viveu, quem, assim não quis.
 
 
Paulo Holanda

sábado, 1 de junho de 2013

VISLUMBRE


 
Eu poente ao adormecer do dia,
Respingo o céu de cores colossais;
São toques deslumbrantes, divinais,
Que a alma, estonteada, resfria.
 
Eu nascente na graça da aparição,
Qual orvalho sutil e encantador;
Trago raios, que refletem a pura cor,
Que brotam do sol da imaginação.
 
Milagre poder pintar deslumbrado,
Em tela viva, o imaginado,
As mais bonitas e reais visões.
 
Minha alma recheada de candura,
Entre o Criador e a criatura,
Transporta-me ao céu das criações.
 
 
Paulo Holanda

sábado, 18 de maio de 2013

A DEMORA...



Tudo o que demora, fere o sentimento da espera,
E torna impulsivo o coração que ama;
Quem espera, logra alcançar o seu objetivo,
Com a mesma veemência que se dá a esperança.
Por vezes, quem muito espera, cansa,
Mas, não deixa de existir um sentimento efetivo,
Que, como bússola, norteia e clama,
Em homenagem ao amor, que não se desespera.
 
 
Toda demora fragiliza a virtual esperança,
E torna ilusória o que agenda a vontade.
Não que mata o desejo da realização,
Pois esta sobrevive sempre no pensamento.
O desejo quer concretização ao intento,
E faz superar os desmandos da ação;
Não importam os mitos que evidenciam a idade,
O que importa é a realização do que se alcança.
 
 
                                                       Paulo Holanda


domingo, 5 de maio de 2013

MUNDO SUPORTÁVEL!...



                                              Por que eu hei de suportar tamanha dor,
                                              Como um náufrago aos gritos alucinantes,
                                              Esvaindo as suas forças em vãs tormentas?
                                              Não há o que definir, seja o que for,
                                              Pois, o destino, execrável e impiedoso,
                                              Não se permite remover vias cruentas.


                                              Por que eu hei de caminhar por essa trilha,
                                              Quando largos caminhos espaçam ao ser,
                                              E se dão conta do livre caminhar?
                                              É que por lá o sol não brilha,
                                              As estrelas não reluzem, nem cintilam,
                                             Em consequência, não se tem luar.


                                             Por que eu hei de ser um masoquista,
                                             Que na dor encontra o seu prazer,
                                             E prazeroso caminha vasto mundo?
                                             Nada se encontra, nem se conquista,
                                             Por caminhos fáceis e enganosos,
                                             Pelas mãos triviais de um vagabundo.


                                                                                                                  Paulo Holanda