Debruço-me na janela da idade,
E vejo o perpassar da juventude;
Não nega o tempo a cruel verdade,
Por dar ao ser sua vicissitude.
Não há como negar o aprendizado
Que se obtém ao longo do caminho;
A mestra vida dá ao alunado:
Um jardim florido, mas com espinho.
Somos passageiros neste transitar,
Cujos sinais só identificam a ida;
E não se retrocede ao que se passar.
Ficam, apenas, lembranças na memória;
Ficam rastros, que marcam a caminhada,
E cada ser com sua própria história.
Paulo Holanda