Para ver se em mim a mesma se arvora;
E eu consiga, embora equidistante,
Ver ileso o sonho que eu tive outrora.
Há de florescer, em galhos maviosos,
A eterna magia do amor sonhado;
E a arvore da vida, em sonhos gloriosos,
Refletira a loucura do sonho inacabado.
Empresta-me a tua fé, neste momento,
Em que a minha alma chora descontente;
E ao lamentar a dor, e o atroz sofrimento,
Insurja o amor tão sonhado e transigente.
Há de se esmerar, em estilo precioso,
O brilho encantado, de um sincero amor;
Não é conto de fada, mas é grandioso,
Capaz de suportar a mais temida dor.
Paulo Holanda