Arguta fera de rosnar bravio,
Que vence a presa irreverente;
Sucumbe o tempo em desafio,
Triunfante, arqueja docemente.
Murmúrio não há porque notar,
Vencida a busca intransigente;
Domada a fera, caminhar,
À frágil presa, sutilmente.
Vida, Vida! Aqui estamos,
Feras e presas vivenciamos,
Entre a chama secular da fé...
Aqui silencio o meu cantar,
E, por vales e campos há de ecoar:
A verdade de ser o que se é.
Paulo Holanda