Senti que nunca eu iria levantar;
Eram armadilhas de um nefasto tempo,
Ousadias dos dourados sonhos meus.
Minha verdade era tão somente amar,
Sem medir consequências e destempo,
Sem que a emoção me fosse razoável.
Soterrei princípios, o que fundamental,
E apelidei tudo isto de “viver”.
Mudei rumos, segui o inominável,
E me disse não existir nada fatal,
E me disse que a vida era apenas ser.
Mas como nada ocorre ou venha em vão,
O destino trouxe sábias amarguras,
Que me levaram à mudança,
Que me despertaram o poder da razão,
Que me elevaram de baixo às alturas,
E me deram na vida a esperança.
Paulo Holanda