Às intempéries da natureza nua;
Vou construindo, destruindo, ou nada,
Sei que vou, e assim vou indo.
Vou contar estrelas em céu aberto,
Vou ver o sol, a lua, o céu infindo;
Vou crer ou não crer, mas, vou,
Sei que vou, e assim vou indo.
Vou nos limites de mim e dos outros,
No cansaço dos frágeis, na fortaleza dos justos,
Vou ao início ou ao dia findo,
Sei que vou, e assim vou indo.
Vou descendendo, vou ascendendo,
No amor ou no ódio, nos sentimentos.
O que importa é ir, seja como for,
E eu sei que vou, e assim vou indo.
Paulo Holanda