quinta-feira, 25 de julho de 2013

SOLIDÃO



Se a solidão da vida for tão atroz,
E eu não puder sentir as consequências...
Ver me- ás voar aos mares, qual albatroz;
Que alça aturdida por quebradas penas.
 
 
Se o que argumenta a dor for tão pungente,
E, negligente, meu corpo se alquebrar...
Minha alma, então, altiva e complacente,
Dará o bálsamo a este meu penar.
 
 
Verei, por certo, a paz tão rebuscada,
Que a mísera dúvida marginalizou,
Conquanto foi ativa a desmiolada.
 
 
Soçobrem as dúvidas intransigentes,
Nem se amealhe o vento que a solidão soprou,
Pois, são daninhas, vis e inconsequentes.
 
 
                                                                                 Paulo Holanda