Se a solidão da vida for tão atroz,
E eu não puder sentir as consequências...
Ver me- ás voar aos mares, qual albatroz;
Que alça aturdida por quebradas penas.
Se o que argumenta a dor for tão pungente,
E, negligente, meu corpo se alquebrar...
Minha alma, então, altiva e complacente,
Dará o bálsamo a este meu penar.
Verei, por certo, a paz tão rebuscada,
Que a mísera dúvida marginalizou,
Conquanto foi ativa a desmiolada.
Soçobrem as dúvidas intransigentes,
Nem se amealhe o vento que a solidão soprou,
Pois, são daninhas, vis e inconsequentes.
Paulo Holanda
Lindo poema :)
ResponderExcluirMuitas vezes nos decepcionamos com aqueles que gostamos e pensamos "Não seria melhor está sozinho" e muitas vezes as pessoas se fecham em suas conchas por não saber lidar com as decepções da vida, com as pessoas e ao mesmo tempo aquilo ao invés de ajudar acaba por torná-los mais isolados, restritos e no fim o que percebo é que o ser humano precisa ter alguém, não foi criado para viver sozinho e felizmente ou infelizmente precisa aprender a conviver porque a solidão nada mais é do que fechar-se para o outro. As decepções vão sempre existir mais cada a nós mesmos sabermos lidar com ela assim como também perceber que o outro nem sempre vai atender a nossas expectativas, e que a vontade de ficar só vai existir um hora ou outra o importante é não se isolar completamente do mundo. Lutar e buscar a própria felicidade!!
Obrigado Deise Carvalho pelo seu belíssimo comentário, quanto ao soneto Solidão. Suas palavras identificam uma realidade existente no dia-a-dia de nossas vidas. Entretanto, é necessário que tenhamos forças para suprir esse obstáculo. Lendo de um dos meus últimos poemas postados, em que eu dizia: Viver só é uma grande besteira, e, isto me faz lembrar de um livro que li, cujo título é: Ninguém tem o direito de viver sozinho.
ResponderExcluirPaulo Holanda.