ESTAVA EU A ME PROCURAR NO MEU INTERIOR,
POIS, QUERIA CONHECER O MEU EU MAIS PROFUNDO;
MAS, O QUE ENCONTREI FOI TÃO SÓ UM VASTO MUNDO,
DE MUITA COMPLEXIDADE E DE IMENSO ESPLENDOR.
INCESSÍVEL COGITEI Á MINHA PLENA OUSADIA,
EMBORA DESLUMBRADO POR QUERER ME IDENTIFICAR;
E, ASSIM QUIS, POR TEIMOSIA, CONTINUAR,
E VI QUE NENHUMA POSSIBILIDADE EU TERIA.
SIM, ASSIM EU QUERIA CONHECER MEUS SENTIMENTOS,
OS QUE ME ALEGRAM, E OS QUE ME ENTRISTECEM,
OS QUE DÃO FORÇAS A ALMA, E OS QUE A ENFRAQUECEM,
OS QUE ME LEVAM Á ALTURA, OU AOS VÃOS LAMENTOS.
E VI QUE TUDO NÃO PASSAVA DE ILUSÓRIO QUERER,
POIS, MISTERIOSA FOI A SANHA DA CRIAÇÃO HUMANA;
E EIS QUE O LABORATÓRIO QUE O ‘ARTÍFICE’ SE UFANA,
NÃO PERMITE ME ADENTRAR NO QUE NÃO CABE CONHECER.
PENSO QUE A MIM, SOMENTE APENAS VOU SENTIR,
E ME INEBRIAR NAS VÁRIAS CONSEQUÊNCIAS DE SER;
TENDO OU NÃO TENDO, E ASSIM EU VOU VIVER,
NA ALEGRIA DO SENDO, E PODENDO ENTÃO SEGUIR.
Paulo Holanda
