Hoje eu me adentrei no mundo da saudade,
E vi pessoas, e os fatos que passaram;
Introspectivo, segui os passos da lembrança,
E vi momentos, e sonhos de criança,
E vi passar as coisas que me marcaram,
Qual um filme de ficção e realidade.
Vi uma juventude ternamente apaixonada,
Num tempo de bilhetes e de fantasias,
De rebuscadas palavras, de serenatas de amor;
Hoje é tudo diferente é quase opaco, sem cor,
Sem o brilho do luar nas noites frias,
Sem o que de inocente da doce amada.
Mas, a saudade nunca deixara de ser,
E será sempre a mesma, e para todos igual,
Mesmo sem o romantismo de outrora,
Sem os contrastes do antes e do agora;
E se a saudade nos faz bem, e não faz mal,
Prefiro senti-la sempre e comigo sempre a ter.
Paulo Holanda
