Estonteante, vago em pensamentos vários;
São caminhos intrépidos, ou inseguros rumos;
Se sombrosos ou extraordinários,
Se sensatos ou em desaprumos.
Vago na magia dos loucos lúcidos,
Suigeneris e alucinados;
Vago no espaço efêmero dos ressurgidos,
E na simbiose dos apaixonados.
Quem sou? Oh! Pálida miragem esvoaçante!
Que me desdenha e se debruça em mim,
Qual ninho dócil e aconchegante;
Quem sou? Senão, um místico errante,
Um caminhante só, e sempre assim,
Que da rudeza surge cambaleante.
Paulo Holanda