Como hei de esquecer os abrolhos do caminhar infante...
Meros e instintivos
sonhos de dimensionada mente.
Ontem, imaturos pensamentos, no sonhar do caminhante;
Fantasias de desejos, argutas ilusões de adolescente.
Belos e intransigentes atos, de um sonhar menino,
Contagiado pela grandeza de ser, em quase sendo;
Quimeras e sonhos, ânsias e medos do desatino,
Senhor das razões, cravadas em teias de remendo.
Romântico, poético, quando amor me bate o coração;
Aromas que marcam, músicas que os sonhos inebriam,
Embalando a descontraída mente e a sutil razão,
Sob a luz das estrelas, que lá no céu cintilam.
Hoje, um recordar saudoso, do meu tênue adolescer,
Emoldurado a mente, de minha acalentada idade.
No sóbrio e sereno encanto, no canto do amadurecer,
No brilho encantador, por poder sentir saudade...
Paulo Holanda